"Viver é bom", proclamas

Finalmente, alguém que diz o que eu penso.

"Querido Blogue,

La Policía desmantela una red de violadores de bebés que distribuía imágenes 'horripilantes' en la Red

Pronto, mais uma notícia para as páginas dos Casos de Polícia, da sociedade dos pobres e mal vividos, a esquecer se possível na próxima semana com a vitória de mais um clube de terceira com dinheiros de primeira que eleve as almas de uma pátria em crise de identidade. Olhar para o lado, porque a nós não nos incumbe, que tenho eu a ver com esta história de gente triste e mal formada, falemos da Quinta, da Letizia, talvez do deficit fiscal, dos números do euro milhões, da colecção da Zara e das compras no Jumbo. Que a merda da vida dos outros não nos salpique, porque as crianças não eram minhas, falemos de futebol e dos ilegítimos do Príncipe Alberto, afinal o gajo não era panilas. E para o mês que vem, quem sabe que rede de bestas sem alma será descoberta em Portugal, ou na Bélgica, ao virar da esquina. Encolhamos os ombros, afinal a vida é assim.
Pois é. A vida também é puta, mas só para os outros. E enquanto nós vivemos anestesiados com uma existência de plástico em redor de caprichos descartáveis, mais redes irão aparecendo, encobertas no rápido anonimato deste suporte que é a Internet, tão cómodo para procurar receitas de caril de gambas como para enviar fotos de recém-nascidos a serem violados por homens feitos, câmara em mão e uivando com um prazer porco, pecaminoso, mas infinito por ilegal. E já está. Eu é mais control, alt, delete, e a mí que me resgistren, que eu tenho que pôr a máquina a lavar e dar banho ao cão.
Só assim se entende que a Madeira continue a receber de braços abertos excursões de pedófilos cabrões que, com o beneplácito das autoridades, vão papar meninos que os esperam seminus no meio do mato. Ou que na Casa Pia as penetrações anais se considerem um mal menor, ou que os Zé Ruis desapareçam da memória dos jornais e dos media mais preocupados em perseguir treinadores de futebol que os filhos da puta que molham as calças com a ideia de um pedaço de carne virgem e sem forças ou idade para lhes pedir que parem. Crianças entregues pelos próprios pais a animais sem escrúpulos, raptadas por vezes por répteis que se escudam em leis de merda, na falta de vontade política para chamar as coisas pelo seu nome, na indefinição da internet, para cometerem o mais horrendo dos pecados aos olhos dos homens e dos deuses que nos restam. Porque os maus, os bestas que saciam a fome de sémen são como nós, que pagam impostos e quiçá bons pais de família, quem sabe se o nosso colega da mesa do lado. Senhores de gravata que “só gostam de meninos”. É melhor não olhar demais, não vá ser que vejamos alguém conhecido. Não tem mal.
Nada tem mal, nem a infância deve ser protegida, pelo menos a infância dos desgraçados, órfãos e mal alimentados.
Que nojo de mundo, cum caralho."

Ah, Grande Rititi!

É a unica coisa que posso dizer. Ainda tou convalescente, o concerto foi assim qualquer coisa de MUITO BOM. E tinha razão, só perdeu quem não foi!

A noite começou bem, um cafezito na sobreira até o pessoal se juntar, dois dedos de conversa e metemo-nos ao caminho que a noite já vai longa. Paragem em 3 multibancos até achar algum com dinheirinho e "epah... isto é Blasted!". Bonito serviço! Também, já era meia-noite. Comprar o bilhete e entrar e não era Blasted, era uma cena muito parecida, com muito boa onda e com 2 tipos dos Blasted e mais alguns. Acho que se chamava Doctor J. Ainda tivemos que esperar um bocado e o concerto começou lá p'ra meia-noite e quarenta.

Depois, foram 2 horas de concerto. Brutalissimo! Quero mais, quero muito mais. Tivemos direito a Karkov, Sun Goes Down, Power On e Blasted Empire... duas vezes! Que eles têm uma grande presença em palco já eu sabia, mas ver por mim é muito melhor. Enfim, dancei muito, curti muito. Ainda bem que fui!

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